Desse modo, tratam-se de medida que irão auxiliar o ingresso de mulheres em carreira da Segurança Pública, por meio de concursos.
O projeto de lei, então, possui a autoria da deputada Tereza Nelma (PSDB-AL) junto de outras sete deputadas. Nesse sentido, a deputada Elcione Barbalho (MDB-PA) foi favorável ao Projeto de Lei 1529/21. Contudo, a proposta teve emendas de redação da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).
As mudanças seriam importantes para promover maior paridade de gênero nestas profissões. Isto é, levando em conta que, de acordo com a Agência Câmara, as mulheres eram 13,55% das polícias militares em 2019. Portanto, um número desproporcional quando se considera o número de homens e mulheres na população brasileira.
Como funcionaria a reserva para mulheres?
Primeiramente, o projeto busca garantir:
- Reserva de pelo menos 20% das vagas dos concursos públicos na área de segurança pública para mulheres.
- Promoção do aumento da licença-maternidade para, pelo menos, 180 dias.
- Promoção de equidade na ocupação dos cargos.
- Realização de pesquisas, estudos e estatísticas sobre o perfil das servidoras mulheres e a ocupação de cargos.
- Promoção de estratégia para enfrentamento ao assédio e à violência contra as mulheres no ambiente de trabalho.
- Inclusão obrigatória de conteúdos sobre a igualdade entre homens e mulheres nos cursos de formação.
Além disso, a medida indica que o edital dos concursos precisarão deixar claro em sua publicidade que haverão vagas reservadas para mulheres.
Portanto, para além de apenas garantir vagas para este público, o projeto busca construir iniciativas para minimizar as desigualdades de gênero.
Medida para mulheres também condiciona recursos
Indo adiante, o projeto de lei também entra na organização de orçamento dos entes federativos.
Dessa maneira, a ideia seria de incluir um plano de valorização das mulheres na Segurança Pública nos estados e municípios. Assim, seria possível que estes recebessem recursos da União através do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP).
Nesse sentido, de acordo com a Lei 13.756/18, 50% dos recursos que se retira das loterias, deve ir para um plano de segurança. Além disso, estes valores precisam se transformar em recursos para que se promova a progressão funcional de peritos, de policiais civis e militares e de integrantes dos corpos de bombeiros militares.
Portanto, junto do projeto de lei, esses valores também serviram para apoiar o trabalho de mulheres.
O que os deputados disseram?
Na terça-feira, dia 15 de março, os parlamentares debateram o projeto de lei e, então, conseguiram chegar em uma aprovação.
Assim, durante a deliberação, a deputada Joenia Wapichana (Rede-RR) se colocou de acordo com a reserva de 20% das vagas para policiais femininas.
“É importante estabelecer 20% de vagas para mulheres, principalmente para execução de políticas públicas. Ainda é muito pouco o número de mulheres na área de segurança pública”, declarou.
Contudo, apesar de pareceres a favor, a proposta também recebeu posicionamentos contrários.
Nesse sentido, o deputado Tiago Mitraud (Novo-MG) foi contra a reserva e também criticou uma licença-maternidade que tenha mais de 180 dias para policiais mulheres.
“Essas regras não são ideais e não deveriam ser exigidas para repasses do Fundo Nacional de Segurança Pública”, defendeu.
Fonte: Notícias Concursos.
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