sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Eleições 2022: o que pensam Lula e Bolsonaro sobre concursos públicos?

 O segundo turno das Eleições 2022 ocorre no próximo domingo, 30 de outubro, em todo país. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) disputam o posto de presidente da República para os próximos quatro anos. 

Folha Dirigida separou as propostas dos candidatos relacionadas a concursos e serviço público. A ordem de publicação considera as últimas pesquisas eleitorais. Confira a seguir: 

Lula (PT) 

Luiz Inácio Lula da Silva durante votação do primeiro turno
Lula busca seu terceiro mandato como presidente da República
(Foto: Agência Brasil)

Luiz Inácio Lula da Silva é o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) à presidência da República. Ele disputa a terceira gestão à frente do Executivo Federal. 

Folha Dirigida procurou a Assessoria de Imprensa do candidato para verificar as propostas para o serviço público e novos concursos. Porém, não foi enviado um pronunciamento oficial.

Em sabatina do Correio Braziliense no dia 27 de outubro, Lula sinalizou que, caso eleito, quer fazer mais concursos e reajustar o salário dos servidores federais. 

"Nós vivemos, hoje, um Brasil em que os servidores públicos não receberam nenhum reajuste de salário desde 2017. É uma coisa absurda. Então o povo quer mudar", destacou o presidenciável. 

O candidato respondeu que é preciso investir em áreas cruciais como Saúde e Educação. Para isso, será preciso contratar mais funcionários e melhorar o salário dos professores. 

"É preciso fazer concurso público para contratar mais gente, para fazer melhor atendimento. É preciso colocar mais dinheiro na saúde, na educação".

No dia 23 de junho, durante entrevista à Rádio Difusora do Amazonas, Lula citou a importância de fazer concurso na Polícia Federal para a chegada de novos policiais, principalmente nas fronteiras:

“Porque, primeiro, precisamos saber qual será o papel do Exército. Porque embora o Exército não tenha papel de polícia, é preciso que a gente discuta para saber qual o papel do Exército ao cuidar das nossas fronteiras. Segundo, qual o papel da Polícia Federal. Ou seja, a Polícia Federal precisa fazer concurso, precisa ter mais policiais, porque precisamos de mais gente ocupando nossas fronteiras”, disse o candidato. 

Em seu plano de governo chamado “Programa de Reconstrução e Transformação do Brasil 2023-2026”, encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lula garante cotas em concursos.

É assegurada “a continuidade das políticas de cotas sociais e raciais na educação superior e nos concursos públicos federais, bem como sua ampliação para outras políticas públicas”.

Lula também já defendeu publicamente a necessidade de uma Reforma Administrativa. Em evento, em agosto, com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo, o candidato do PT defendeu um equilíbrio na máquina pública.

"Eu acho que nós vamos ter que fazer uma reforma administrativa, sim. Eu acho que é preciso, você tem pouca gente ganhando muito e tem muita gente ganhando muito pouco. É preciso tentar fazer um equilíbrio e aí vamos ter que pensar direitinho, e aqui já tem experiência de mundo, já temos 13 anos de governo, tem muito governo de estado, muita gente preparada nessa coisa administrativa para a gente sentar e dar uma repensada no Brasil. É preciso fazer", afirmou Lula.

Jair Bolsonaro (PL)

Jair Bolsonaro durante votação do segundo turno
Jair Bolsonaro disputa a reeleição como presidente da República
(Foto: Agência Brasil)

Jair Bolsonaro é candidato do Partido Liberal (PL) à Presidência da República. Ele concorre ao seu segundo mandato, tentando a reeleição.

Folha Dirigida também procurou o presidenciável para confirmar as propostas para o serviço público e concursos, mas não teve respostas. 

Em evento na União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs), em agosto, Bolsonaro falou em 'evitar' novos concursos para proteger os atuais servidores. "Sei que os jovens ficam chateados, querem concurso. Mas a máquina está no seu limite".

Em entrevista ao podcast Inteligência Ltda, ele destacou que 'a máquina está inchada'. 

Segundo Bolsonaro, não foi possível realizar muitos concursos em sua primeira gestão, apenas para áreas prioritárias, como a Segurança.

"Nós praticamente não abrimos concurso. Não é que nós não queremos e somos contra os concurseiros. É que está inchada a máquina. Pode chegar um ponto dela parar de funcionar. Então, abrimos concursos apenas para os essenciais, como a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal", disse o atual presidente.

Caso reeleito, Bolsonaro disse que concederá ganho real, acima da inflação, ao salário mínimo. O que também inclui o reajuste das remunerações dos servidores públicos. 

"O (ministro da Economia) Paulo Guedes anunciou o aumento real do salário mínimo e também para os servidores", relatou.

Apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o plano de governo de Jair Bolsonaro promete continuar valorizando o servidor e cita o Programa de Gestão e Desempenho (PGD), além da criação de condições para o trabalho remoto. As propostas ainda mencionam:

  • Manutenção da responsabilidade fiscal;
  • Aumento da efetividade dos gastos público;
  • Reformas estruturantes, em especial a administrativa.

De acordo com o plano de Bolsonaro, a meta é gerar um comprometimento e envolvimento ainda maior entre os servidores e os órgãos públicos, buscando à melhoria de resultados e eficiência na prestação de serviço.

Há promessa de aperfeiçoar os planos de cargos e salários como tentativa de incentivo e reconhecimento, além da realização de promoções por mérito com avaliações atreladas ao cumprimento de metas.

Outro ponto citado é a respeito da qualificação do servidor, que será por meio de incentivo e criação de oportunidades para capacitação técnica e aperfeiçoamento profissional.



Informações do Folha Dirigida.



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