Os dados foram obtidos em nota técnica do Ministério da Educação (MEC), enviada no fim de maio ao Ministério da Economia. No documento, o MEC aponta que, dos 8.373 cargos de docentes prometidos às universidades, só 4.644 foram de fato autorizados.
Já para os técnicos-administrativos são 7.273 postos sem preenchimento. As vagas deveriam atender à demanda de cursos criada na última década ou de expansões de graduações, mas não foram autorizadas pelo governo federal.
Conforme admite o MEC na nota técnica, instituições criadas em 2018 e 2019, como a UFCAT (Universidade Federal de Catalão), teriam de receber 610 docentes e 1.666 técnicos – cargos ainda em débito. A demanda, segundo a nota técnica, é para garantir “minimamente o funcionamento” em 2023.
Sem aval do governo para preencher os cargos vagos, as instituições buscam soluções, como a suspensão das aulas, convocação de professores voluntários e deslocamento de docentes de um câmpus a outro.
Nos últimos anos, as universidades sofrem com o corte do orçamento de custeio, usado para contas de energia ou limpeza. O que diminui a margem para contratar terceirizados, também pagos com essa verba.
Entre maio e junho, o governo federal bloqueou R$1,6 bilhão do MEC, por exemplo.
Diante do bloqueio de R$9 milhões, a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), por sua vez, disse, em nota, que as equipes técnicas começaram a estudar opções para minimizar as consequências.
A prioridade será preservar os recursos destinados às bolsas, auxílios financeiros e assistência estudantil para garantir a permanência dos estudantes na Universidade e a continuidade das atividades acadêmicas.
“A UFRRJ manifesta sua rejeição a mais este ataque às Universidades e aos Institutos Federais, patrimônios do povo brasileiro, e apoia todas as manifestações que fortaleçam a sua defesa. A UFRRJ fará, como sempre fez, jus à sua tradição histórica de defesa da Universidade Pública”.
Fonte: Folha Dirigida.
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